O exercício melhora a sobrevivência no cancro?

Existe uma evidencia crescente de que a actividade física regular tem um papel protetor e diminui o risco de vários tipos de doenças. O exercício pode também diminuir os efeitos adversos dos tratamentos no doente com cancro e ajudar na recuperação de doente quando terminam os tratamentos.

O guia oficial da comunidade europeia para diminuir o risco de cancro, que consta de 12 regras salienta, no ponto 4, a necessidade de ter uma vida física activa e limitar o tempo que se passa sentado (ver European Code Against Cancer ).

Este aviso emana por sua vez de uma fonte fidedigna, a WHO’s International Agency for Research on Cancer onde se afirma que existem dados que apontam para que uma variedade de cancros, mais particularmente os da mama e colo-rectal, são menos frequentes em pessoas que são mais activas fisicamente, mantém baixo peso e fazem uma alimentação saudável. .

Em janeiro deste ano um artigo publicado no Oncol Hematol (2015, 94:74–86) referiu-se ao papel do exercício físico e do desporto em oncologia e reviu os resultados dos 8 maiores estudos em doentes com cancro da mama localizado e como esta variante afectou a sobrevivência. Os dados mostraram que a actividade física semanal regular estava associada a 50% de redução na mortalidade com benefício de cerca de 4 e 6% na sobrevivência a 5 e 10 anos.

Contudo um painel de especialistas reunidos na conferência de S. Gallen, a quem este estudo foi apresentado, não apoiaram a iniciativa de incluir a actividade física nas guidelines para tratamento destes doentes, embora reconheçam benefícios gerais nesta atitude.

Apesar de nada estar garantido o exercício físico surge como mais uma ajuda na recuperação dos doentes com cancro.