Dietas de má qualidade em sobreviventes de cancro

Um estudo feito em sobreviventes de cancro nos Estados Unidos foi apresentado na revista Cancer de 13 de Outubro online e revelou a má qualidade das dietas por estes ingeridas, com mais calorias vazias e menos fibra do que a população em geral.

O estudo incidiu em 1533 sobreviventes de cancros da mama, próstata, colo-rectal e pulmão que tinham participado, entre 1999 e 2010, num inquérito nacional americano de Saúde e Nutrição.

O 1º autor, Dr. Fang Fang Zhang considerou que estes factos reforçam a necessidade de uma intervenção nesta população, afirmando que «a nutrição é uma das chaves na prevenção e controlo do cancro». Estes sobreviventes têm habitualmente mais doenças crónicas do que a população em geral pelo que a nutrição pode ser um foco importante para a obtenção de uma vida mais longa e saudável.

Foram detectadas insuficiências na ingestão de: vitamina D (31% da dose recomendada), vitamina E (47%), potássio (55%), fibras (60%) e cálcio (73%). As dietas apresentavam também valores altos de sódio (133%) e de gorduras saturadas (112%) sendo baixa a ingestão de legumes verdes e cereais integrais.

Dr. Zhang concluiu que as dietas dos sobreviventes de cancro devem ser ricas em vegetais, sementes integrais e baixos conteúdos de sódio, gorduras sólidas e açúcares, de forma a melhorar o bem-estar e saúde desta população.